De acordo com o Grupo de Trabalho Internacional para o Pé Diabético, ocorre um caso a cada vinte segundos no mundo. Parece muito? E realmente é.
O problema começa assim: uma pessoa diabética machuca o pé, um machucado superficial e que não aparenta ter nenhuma importância. A pessoa não lava a região e nem usa medicamentos, depois usa sapatos fechados por um dia inteiro.
Quando chega em casa, fica mais horas andando descalço sem dar a devida atenção para a ferida. Daí se inicia um formigamento, seguido de um leve inchaço, que vai piorando com o tempo.
A pequena ferida vai agravando e se torna uma infecção mais grave que acaba se espalhando. A pessoa, agora preocupada, procura o hospital já bem tarde, tendo muitas vezes como única saída a amputação de uma parte do membro.
Esse machucado poderia ser só uma topada na quina de alguma mesa ou cadeira, uma frieira, uma bolha ou até mesmo um simples arranhão. Mas a falta de cuidado resulta no pé diabético.
Esse quadro é silencioso, quando vão perceber o que está acontecendo, já é tarde, devido a pessoa já ter diabetes. Diabetes, em síntese, é uma doença crônica que impede a produção de insulina, ou que atrapalha a utilização da insulina produzida pelo corpo.
A insulina, também em síntese, é o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo humano precisa de insulina para utilizar a glicose que é ingerida através dos alimentos, como uma fonte de energia.
Sabendo disso, é fácil compreender o diabetes.
Quando uma pessoa é acometida por essa doença, o organismo não produz insulina e/ou não consegue utilizar a glicose de forma correta.
Isso ocasiona a hiperglicemia, que é quando o nível de glicose no sangue dispara.
Esses altos níveis de glicose no sangue, produz substâncias tóxicas ao funcionamento dos nervos e microvasos sanguíneos, e com o passar dos anos esses efeitos vão se tornando cada vez mais intensos levando a prejuízos irreversíveis.
Com essas informações em mãos, você tem que se atentar aos sintomas do pé diabético. Os mais comuns estão ligados a sensação de dormência, queimação e formigamento.
A região afetada pode perder a sensibilidade, fazendo com que o diabético nem sinta o início da infecção até ela estar, de fato, muito grave. Também tem os quadros de baixa imunidade e déficit de cicatrização.
Não é à toa que o pé diabético é responsável por 20% das internações de pessoas com diabetes.
Foque na prevenção! Examine seus pés todos os dias de forma minuciosa, sem pressa. Procure por machucados, pequenas feridas, vermelhidões, calos e até mesmo arranhões.
Higienize os pés com mais frequência. Use sapatos confortáveis, evite os fechados o máximo que conseguir. Faça exames de forma regular, cuide do seu diabetes tendo uma alimentação saudável e fazendo exercícios físicos.
Em caso de dúvidas ou sinais de feridas, procure seu médico o mais rápido possível.