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Doenças circulatórias

As doenças circulatórias são um grupo de doenças que afetam nosso sistema vascular. 

O sistema vascular é uma rede intrínseca de vasos sanguíneos, veias e artérias que constantemente leva e traz sangue, nutrientes e outros componentes por todos os órgãos do nosso corpo. 

Antes de mais nada, é preciso alertar para o preocupante fato de que a maioria das causas de morte por acidente vascular cerebral e infarto, poderiam ter sido evitadas com mudança de hábitos e visitas ao médico. 

Só em 2016, segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), estima-se que 17,9 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares. Só isso significa mais de 31% de todas as mortes do período no mundo. 

Para esta leitura, separei algumas das doenças mais comuns que afetam o sistema circulatório e vou repassar uma por uma, citando seus principais sintomas, suas causas e os tratamentos. Além de, é claro, citar as formas mais comuns de prevenção.

Pois sim, é possível prevenir a maioria delas.

Quais são as principais doenças circulatórias?

As principais doenças que afetam a circulação, são: 

  • Trombose;
  • Varizes;
  • Aterosclerose;
  • Pressão alta;
  • Insuficiência cardíaca.

Trombose

Nosso sangue encontra-se na maior parte do tempo no estado líquido, para que possa fluir através do nosso corpo. Porém ele possui a capacidade de coagular, saindo do estado líquido para o sólido, de aspecto gelatinoso, conhecido como coágulo. Esta capacidade é imprescindível para a vida, pois caso não existisse, pequenos cortes poderiam levar a uma perda importante de sangue, como ocorre em doenças como a hemofilia. 

No entanto, essa coagulação pode ocorrer de maneira exagerada, dentro do vaso sanguíneo, interrompendo o fluxo, e esses casos recebem o nome de trombose; que pode ocorrer tanto nas artérias quanto nas veias. 

Tipos de trombose:

A trombose arterial ocorre quando a doença bloqueia uma artéria, por isso mesmo recebe esse nome. 

As artérias são responsáveis por levar o sangue com oxigênio e nutrientes para as células, portanto essa modalidade da trombose costuma ter um alto risco à saúde do indivíduo, afetando de forma intensa a distribuição do sangue pelo corpo, e pode causar, até mesmo, a necrose, que é a morte tecidual, já que esses tecidos deixam de ser irrigados.

Já a trombose venosa afeta a parte da circulação responsável pelo retorno do sangue, que são as veias. 

As tromboses mais comuns da parte venosa, são nas veias superficiais dos membros superiores. Acontecem, por exemplo, quando tomamos algum medicamento na veia e ela inflama. 

As de maior importância, geralmente, acometem as veias profundas dos membros inferiores, mas podem aparecer em lugares mais perigosos como o cérebro e intestino.  

O tratamento geralmente envolve a administração de drogas anticoagulantes ou trombolíticos (que destroem o coágulo). 

Para prevenir a trombose, o máximo que puder, são necessários mudanças de hábitos e alimentação. 

Além disso, peso controlado e pressão arterial frequentemente checada pode ajudar a diminuir os riscos do surgimento dessa doença.

Varizes

As varizes, ou veias varicosas, são aquelas veias destacadas, dilatadas e tortuosas que aparecem nas pernas e pés.

Isso ocorre porque, devido a inúmeros fatores, as veias podem acabar se danificando, não conseguindo mais “lutar contra a gravidade” e fazer o retorno venoso. Daí o sangue acaba se acumulando e formando as varizes.

Seus sintomas mais comuns são queimação nas pernas ao andar, desconforto geral nas pernas, sensação de peso e cansaço, inchaço e cãimbras.

O tratamento contra as varizes consistem em técnicas cirúrgicas (laser, radiofrequência, retirada mecânica das veias, etc) que visam eliminar as existentes.

É possível prevenir as varizes? De certa forma, sim. A maioria das varizes ocorre por fatores genéticos que fragilizam o tônus das veias. Hábitos saudáveis, medicações, controle do peso e uso de terapias elásticas, auxiliam no retorno venoso, diminuindo o trabalho das veias e consequentemente prevenindo o surgimento de novas varizes. 

Aterosclerose

A aterosclerose é também uma das doenças circulatórias, classificada como a formação excessiva de placas de gordura, cálcio, entre outras substâncias, nas artérias.

Essas placas de gordura dificultam a passagem do sangue e por consequência podem levar ao derrame, infarto ou a necrose de membros.

Geralmente apresenta sinais e sintomas quando a doença já está avançada, por isso é importante a prevenção. 

O tratamento consiste em remédios ou procedimentos cirúrgicos (angioplastia por balão ou colocação de stent, e as cirurgias de revascularização) em casos mais graves.

A prevenção consiste em um estilo de vida saudável: pouca bebida alcoólica, não fumar, controle do colesterol, realizar atividade física de forma regular, consumir grãos integrais e proteínas de boa qualidade, ter uma boa noite de sono e evitar o estresse.

Pressão alta

A pressão alta, ou hipertensão arterial, é a força exagerada da pressão do sangue na parede das artérias. 

Seus sintomas costumam ser nulos até o aumento de sua gravidade, por isso é importante ter hábitos alimentares e estilo de vida saudáveis. 

Os tratamentos consistem em medicamentos e controle de diversos fatores. Medir a pressão e realizar visitas ao médico de forma regular é capaz de diagnosticar a hipertensão com antecedência. 

Insuficiência cardíaca

 

O nosso coração bombeia sangue o tempo todo, sem pausa desde dentro do útero. E quando ele está rígido, obstruído ou muito fraco, ocorre a insuficiência cardíaca.

Pode surgir em qualquer idade, com sintomas como dificuldade para respirar, que se agrava com o passar do tempo. 

Ela pode ser descoberta quando o médico realiza uma bateria de exames, entre eles a investigação da causa de acúmulo de líquido nas pernas, abdômen e pulmões. 

O tratamento consiste em medicamentos, mudanças no estilo de vida e até mesmo cirurgias.

 

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Como o açúcar é transportado no sangue e o que ele tem a ver com o diabetes

Um veículo precisa de gasolina, nossa casa precisa de energia elétrica e o nosso corpo precisa de glicose para funcionar.

Mas esse combustível que dá energia, também chamado de açúcar, em doses exageradas, acaba provocando o diabetes.

O diabetes é a elevação dos níveis de açúcar existentes na nossa corrente sanguínea e essa elevação ocorre quando o pâncreas, órgão responsável por quebrar e enviar a substância para o corpo, não consegue regular e produzir a quantidade necessária de insulina, hormônio que controla esses níveis de açúcar.

Ou seja, para entender bem o surgimento do diabetes, é preciso entender o que é açúcar e a sua importância no nosso organismo.

Como o açúcar é transportado no sangue e o que ele tem a ver com o diabetes

O que é açúcar?

Glicose e açúcar são a mesma coisa e apesar de que sua quantidade varia, ela pode ser encontrada em todo e qualquer alimento.

Doces possuem glicose, salgados possuem glicose, frutas possuem frutose, que também é um componente para esse tipo de substância.

Ou seja, nosso corpo recebe energia o tempo inteiro de diversas fontes de alimentos e todas elas formam a mesma coisa no nosso corpo.

Carboidratos, lactose, sacarose, etc. Todas essas substâncias se transformam em energia para o ser humano.

A importância do pâncreas

Assim que essa substância passa pelo nosso sistema digestivo, ela é absorvida e lançada na corrente sanguínea.

O pâncreas é responsável pela produção de insulina, que é um hormônio responsável pela absorção e depósito de glicose no corpo.

Uma vez no nosso sangue, o açúcar nos dá energia e ainda estimula a produção da serotonina, que é o nosso hormônio responsável por regular o humor.

O que acontece com o corpo quando os níveis de açúcar estão elevados?

A princípio, o nosso pâncreas consegue lidar bem com o excesso de glicose. Ele começa a trabalhar em dobro para produzir insulina e regular o quanto dessa substância deve permanecer circulando no sangue ou absorvida pelas células ou acumulada em alguns tecidos.

Porém, devido a vários fatores, mas principalmente a herança genética, o pâncreas não é capaz de produzir insulina suficiente para realizar o adequado controle do açúcar, permitindo que ele se acumule, levando a altos níveis no sangue.

E é aí que entra o diabetes.

O que é diabetes?

Diabetes é uma doença crônica e significa a elevação dos níveis de açúcar no sangue de forma constante, pois o pâncreas não consegue mais regular e produzir os níveis de insulina.

Classificada em tipos, essa doença provoca a destruição das células beta pancreáticas (Tipo I), a resistência à insulina (Tipo II) e, em casos mais raros, pancreatite, tumores e hipertireoidismo.

No tipo I, há a completa ausência da produção de insulina, pois o próprio sistema imunológico (nosso sistema de defesa), acaba atacando as células e as destruindo. Os sintomas variam entre fome e sede excessiva, emagrecimento e desidratação. Se não for cuidado, pode evoluir para desidratação severa e até mesmo o coma.

No tipo II, a produção de insulina fica comprometida e o corpo encontra resistência à substância e, ao contrário da outra, há aumento de peso e obesidade. Seus sintomas incômodos demoram mais para aparecer e, embora possam levar à desidratação e coma, os pacientes, por vezes, não descobrem a tempo de iniciar um tratamento com antecedência.

Diabetes gestacional

O diabetes gestacional, como o próprio nome já diz, ocorre durante a gravidez.

É caracterizada pela sobrecarga de glicose durante a gestação e pode ir embora assim que ocorre o nascimento da criança.

Para isso, a gestante deve ser acompanhada pelo médico desde o pré-natal para acompanhar seus níveis de glicose, predisposição genética, e evitar problemas para ela e para o bebê

Quais os níveis ideais de açúcar no sangue?

Os níveis de açúcar variam durante o dia, então, dependendo da hora em que eles foram medidos, valores de referência diferentes devem ser observados.

Em jejum: 70 a 99 mg/dL 

Aleatório ou após sobrecarga: até 140mg/dL. 

Esses resultados podem ser obtidos no consultório ou no medidor de glicose.

Se os níveis em jejum ficam acima de 100 e os após alimentação ou sobrecarga ultrapassam os 140 mg/dL, o paciente é diagnosticado com diabetes.

Lembrando que, se qualquer um desses valores indicativos de diabetes for medido em um dia, ele deve ser confirmado em outro para, assim, o diagnóstico ser confirmado.

Convivendo com o diagnóstico

Controlar a glicemia é o principal objetivo de toda pessoa que convive com o diabetes, uma vez que a doença não tem cura.

Dependendo do tipo de diabetes, as doses de insulina são diferentes e outros medicamentos podem ser receitados. Mas uma coisa é inevitável, o cuidado com a pressão arterial, alimentos e exercícios físicos.

Além de intensificação nos monitoramentos da saúde dos olhos, rins, coração, pulmão e coração.

Porém, é possível, sim, ter uma vida de qualidade e plena.

Prevenir é melhor do que remediar

Para prevenir o diabetes é fácil. Cuide da sua alimentação e evite o açúcar refinado, pois ele é pobre em nutrientes e apenas sobrecarrega o pâncreas.

Beba água e realize exercícios físicos.

Evite a obesidade e visite o médico para exames de rotina.

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