Categorias
Sua Saúde

Fístula Arteriovenosa para Hemodiálise

De vital importância para pacientes com insuficiência renal crônica, a hemodiálise é a essência do tratamento renal. Esse tratamento realiza a eliminação de toxinas e regula o equilíbrio de água e sais minerais do sangue, filtrando ele por meio de um dialisador já que os rins desses pacientes não conseguem realizar essas funções básicas.

Esse recurso, que disponibiliza um local para encaminhar o sangue até o “filtro artificial” que desempenha o papel dos rins, é chamado de fístula arteriovenosa (FAV). Essa fístula é confeccionada através de cirurgia, onde é feita uma conexão entre veia e artéria. A espessura e calibre da veia é aumentada de forma suficiente para aguentar as punções necessárias durante as sessões de hemodiálise.

A fístula arteriovenosa para hemodiálise também oferece menor risco de complicações se comparada com os cateteres, que é feito em pacientes que não possuem fístulas. A FAV melhora a qualidade de vida de pacientes que precisam fazer hemodiálise e diminui os riscos de infecções ou trombose venosa.

Depois de confeccionada, para manter os cuidados com a fístula, é preciso evitar dormir sobre o braço com a FAV, não tirar sangue naquele braço e nem medir a pressão arterial ali. A limpeza adequada também é recomendada para evitar infecções e a perda da fístula.

Além disso, para garantir o funcionamento e o sucesso de cada sessão de hemodiálise, é importante o rodízio de punções, prática que visa evitar o desgaste da fístula e complicações futuras.

Alguns pacientes podem recorrer também a outras técnicas, quando não conseguem ou não podem recorrer à FAV, sendo elas o cateter de Tenckhoff para diálise peritoneal ou o cateter de Permcath para a hemodiálise.

Em resumo, a hemodiálise é um procedimento essencial para a vida de quem tem insuficiência renal crônica. E na hora de escolher esses acessos vasculares para realizar o tratamento, é preciso adotar práticas de cuidados intensas e que garantem o funcionamento do canal, a longo prazo.

Sendo possível durar de 2 a 6 anos, é importante que os pacientes sigam as orientações do médico responsável pela criação da fístula arteriovenosa. 

 

Dr. Bruno Carvalho

Angiologia e Cirurgia Vascular | CRM 4215 TO

 

× Agende sua consulta