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Quando é indicada a retirada da veia safena?

Já falei aqui antes, a veia safena é a principal veia do sistema venoso superficial mas não é a principal veia da perna.

Por isso, ela pode ser retirada em alguns casos especiais sem causar danos para o corpo. 

E é sobre esses casos que eu vou falar na postagem de hoje. 

A veia safena

Para você que não quer voltar ao post anterior sobre o mesmo assunto, vou dar um resumo rápido do que é a veia safena e para quê ela serve.

Nós possuímos duas veias safenas, uma em cada perna e elas se ligam ao sistema venoso profundo no fim de seus trajetos e também através das veias perfurantes para juntas levar  sangue dos pés, pernas e coxas ao sistema venoso abdominal e em sequência ao coração.

A veia safena pode ser retirada quando:

Quando problemas causam dilatação na veia, prejudicando o retorno do sangue.

Como esse acúmulo de sangue surge nos membros inferiores, porque o sangue se torna incapaz de retornar, é o momento do médico vascular avaliar as complicações que isso pode trazer e decidir pela safenectomia.

A Safenectomia é um procedimento cirúrgico invasivo que retira a veia safena danificada. Essa retirada não afeta permanentemente a circulação porque o sistema circulatório cria novos caminhos e não afeta o funcionamento do sistema mais importante que é o sistema profundo.

A safena também pode ser inutilizada de forma menos invasiva com tratamentos realizados com escleroterapia ou laser/radiofrequência.

Qual a diferença entre safenectomia e cirurgia de ponte de safena?

A Safenectomia é a cirurgia para retirar a veia safena comprometida e danificada.

Já a cirurgia de ponte de safena é um procedimento cirúrgico que usa a veia safena ou até mesmo outros tecidos do corpo para criar uma “ponte” em artérias entupidas perto do coração.

Para esta última, é necessário primeiro que haja uma doença arterial coronária para ser realizada.

Se o paciente já tiver passado por uma safenectomia antes da cirurgia de ponte de safena, o cirurgião cardiovascular vai escolher outro vaso do corpo do paciente.

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varizes esofágicas

Varizes não acontecem só nas pernas, elas podem aparecer em outras partes do corpo também, como por exemplo, varizes pélvicas, varizes gástricas, varizes anorretais e o tema de hoje, varizes esofágicas

Para quem chegou aqui de paraquedas, é importante primeiro saber o que é o esôfago e qual a função dele.

O esôfago é um tubo que conecta a boca ao estômago e sua principal função é levar o alimento para ser digerido no estômago.

E quando diagnosticamos varizes no esôfago é geralmente porque aconteceu um problema lá no fígado que aumentou a pressão sanguínea e dilatou as veias que drenam o sangue desse órgão..

Ou seja, problemas como cirrose hepática, hepatite B e C, câncer de fígado, trombose de veias do fígado, entre tantas outras pode desregular o fluxo sanguíneo e quando os alimentos passam pela região, machucando e pressionando as paredes das veias, sangramentos podem acontecer.

Aliás, esse é um dos principais sintomas, mas vamos conhecer todos daqui a pouco.

Os tratamentos consistem em tratar o fígado, obviamente, e medicação para diminuir a pressão das veias dilatadas, e/ou endoscopia para ligadura das veias ou colocação de um desvio artificial do fluxo sanguíneo que visa relaxar e impedir sangramentos mais intensos.

Presença de sangue no vômito, fezes escuras com mau cheiro e perda de peso são os principais sintomas.

Apesar do tema tratar de varizes, a maior parte do tratamento desta doença é feito pelo gastroenterologista, endoscopista e cirurgião gástrico. Em casos mais específicos é que ocorre a necessidade da cirurgia vascular, realizando um tratamento com colocação do “shunt” hepático para diminuição da pressão venosa.

As 10 doenças vasculares mais comuns e como prevenir

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Por que surgem varizes nos pés?

Os pés são as partes do nossos membros inferiores que mais sofrem com a gente. Por quê? Porque são os primeiros a sentir impactos e são os responsáveis por aguentar o peso de todo o nosso corpo.

E se você se questiona o porquê de surgir varizes nos pés, já pode imaginar que uma das primeiras causas é essa: a responsabilidade de nos carregar todos os dias.

varizes nos pés

O que faz dar varizes nos pés

  • Muito tempo sentado sem movimentar os músculos da panturrilha.
  • Sobrepeso.
  • Atividade física ou laborativa que envolva impacto.
  • Insuficiência venosa.
  • Traumas.

Entre tantos outros fatores que dependem de doenças correlacionadas.

 Não é normal ter varizes nos pés!!

Claro que exercícios de grande impacto que exigem muito do nosso corpo e do sistema circulatório podem gatilhar o surgimento de varizes, mas não é normal. 

Se aparecer, você deve procurar um médico. 

Varizes nos pés são fáceis de serem identificadas!

  • Linhas tortuosas arroxeadas visíveis na pele.
  • Veias que saltam à pele. 
  • Sensação de peso e desconforto nos pés e pernas. 
  • Inchaços. 

Todos esses fatores, isolados ou em conjunto indicam que as veias que carregam o sangue dos membros inferiores, não estão performando bem. 

E nem sempre as varizes são visíveis a olho nu.

Se você desconfiar que tem varizes nos pés, é preciso procurar um médico vascular.

Ele vai te indicar os próximos passos que você precisa tomar, como por exemplo:

  • Mudanças nos hábitos alimentares e de vida.
  • Remédios depois de exames que constatam a causa do surgimento dessas varizes.
  • Tratamentos com laser, escleroterapia, meia compressivas, entre outros. 

Tudo isso vai te ajudar a conviver melhor com as varizes, eliminar as que estão aparentes e evitar ao máximo o surgimento de outras. 

Porque tratar varizes é uma tarefa que dura a vida inteira, é quase como lidar com diabetes: se tomar as atitudes corretas, vai poder manter uma qualidade de vida excelente, praticamente dando adeus aos riscos de desenvolver tromboses e feridas que podem levar até mesmo à amputação.

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Varizes na Adolescência

Você algum dia já se perguntou se o surgimento de varizes na adolescência pode ser considerado “normal”? A que resposta chegou?

Se a sua pergunta foi feita em uma conversa com um médico vascular, provavelmente ele te respondeu que não.

E realmente, não é considerado comum o surgimento de varizes na adolescência porque esses vasinhos, os que crescem timidamente e se transformam em vasos mais calibrosos, precisam de alguns anos para se desenvolverem. 

Quando as pacientes chegam ao meu consultório, às vezes relatam que os primeiros sinais das varizes que elas estão trazendo ali tratamento, começaram na adolescência. 

Quando brincavam de pular corda, ou realizavam outras atividades recreativas de maior impacto, diziam que já notavam o surgimento desses pequenos vasinhos, entre os seus 13 e 14 anos.

O que eu explico para elas é que existe uma genética que justifica esse aparecimento e o esforço físico passado, pode sim ter sido um ponto de gatilho, mas as doenças venosas graves na adolescência, são muito incomuns, e geralmente elas estão associadas a fatores secundários, como por exemplo: uma trombose, uma cirurgia prévia, uma doença congênita, onde a pessoa nasceu com uma predisposição para ter aquele problema venoso, etc.

Portanto, recomendo fortemente que adolescentes e pais de adolescentes, tutores fiquem atentos para identificarem o surgimento de varizes na adolescência e procurarem um médico vascular. 

Reparem bem se aconteceu o surgimento de uma veia mais calibrosa, um escurecimento da pele sem explicação, um aumento do tamanho de um membro (uma perna, um braço) em relação ao outro para que leve até o médico vascular para que ele possa fazer essa identificação para saber se realmente existe uma causa secundária ou se simplesmente é o aparecimento de uma doença precoce que a pessoa já vai desenvolver no futuro.

Aprenda mais: Tratamentos disponíveis para varizes

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